22 de setembro de 2010

Reflexões...

Definimos a Animação de Idoso como uma forma de actuar em todos os campos do desenvolvimento da qualidade de vida dos mais velhos, sendo um estímulo permanente da vida mental, física e afectiva de pessoas idosas.
Assim, esta vertente da animação garante os direitos das pessoas idosas, combatendo a imobilidade e a indiferença de forma a aliviar as tensões existentes nos idosos através da criação e desenvolvimento de acções que garantam a qualidade de vida e de envelhecimento da pessoa.
É de salientar que a animação representa um conjunto de passos fundamentais que visam uma melhor qualidade de vida, mais activa e com melhores relações interpessoais.
O Animador que trabalha com estas populações deve fazer uma análise dos gostos dos utentes de forma poder planificar acções que visem o bem-estar e a motivação dos que as executam.
Assim, o animador deve executar as acções tendo em atenção os “7 módulos de Animação Sénior”, que são:
1. Animação física e motora, em que se inserem as actividades de Ginástica, as caminhadas, os exercícios que desenvolvam a motricidade fina e grossa.
2. Animação Cognitiva que visa desenvolver/estimular a memória através dos jogos de atenção e de memória, da linguagem e da compreensão.
3. Animação através Comunicação, normalmente trabalhada através da música, da expressão dramática, da escrita ou da fotografia.
4. Animação Lúdica proporcionada pela festas, pelo convívio, pelos passeios e/ou pelos torneios.
5. Expressão – plástica em que o idoso ocupa o seu tempo com a realização de trabalho manuais, como o bordado, as rendas e as pinturas.
6. Animação e Desenvolvimento pessoal e social com o objectivo do idosos “estimular” o auto-conhecimento, descrever histórias de vidas e participando em dinâmicas de grupo.
7. Animação Comunitária, normalmente realizada por idosos activos, agrupa um conjunto de acções que visam a ocupação dos “jovens reformados”, estando direccionada para o entretenimento, o lazer e a brincadeira. A exemplo desta Animação temos as acções de voluntariado desenvolvidas por “jovens idosos” em prol da comunidade.
Se por um lado o Animador deve agrupar as suas acções nos modelos supra mencionados, por outro deve executa-las tendo em conta uma série de técnicas da animação sénior, das quais fazem parte o recortar, o colar, o estampar (com rolhas, batatas, carimbo e outros objecto), as impressões em diferentes papéis, o modelar (com barro, pastas de papel, pastas de modelagem, madeiras, etc.), as técnicas da pintura, do desenho e da colagem. Estas técnicas incorporam, ainda, a expressão dramática, musical e psico-motoras, as tarefas agrícolas, o conversar, a leitura de jornais, o visionamento de filmes, os jogos pedagógicos e cognitivos, a dança, as histórias e os contos populares, a literatura oral e tradicional, a magia, a culinária e o jogos ( de mesa e populares).
Em suma, é de salientar que para que estas acções sejam exequíveis é fundamental dividirem-se os idosos por grupos de dependência, pelo que, para um grupo de idosos independentes é provável que um Animador consiga abordar todas as modalidades da animação obtendo resultados satisfatórios, enquanto para um grupo de idosos semi-dependentes é importante que o grupo esteja restrito a 10 idosos por cada animador.
Por outro lado, um idoso dependente exige a total atenção do animador no executar das acções.
No entanto, o Animador pode e deve beneficiar das capacidades dos idosos, dando “asas à imaginação” e construindo materiais propícios para desenvolver acções, como por exemplo: a construção de uma caixa de jogos tradicionais portugueses, em que no interior de uma caixa seja possível conter: uma bola, um lenço, um pião, malhas de madeira, uma bola de trapos, botões, anilhas, berlindes, espátulas, giz e argolas.
Note-se que é de extrema importância adaptar cada actividade às realidades de cada idoso, tendo sempre presente que a gestão do tempo nestas áreas torna-se essencial, pois o ritmo entre o idoso e o animador é, maioritariamente, diferente.
Por outro lado, animador deve ter sempre em conta que o lazer e o tempo livre dos idosos dependem, essencialmente, de três aspectos:

Autonomia --> Rendimento --> Ambiente.

Em suma, a animação deve permitir que os idosos sejam participativos para que se tornem mais activos e que se sintam úteis, deve incentivá-los a exercer certas actividades que contribuem para o seu desenvolvimento, dando-lhes o sentimento de pertencer a uma sociedade, para que, cuja evolução, possam contribuir e fazer valer os seus direitos, acabando com os mitos existentes acerca do idoso.
É por tudo isto que, a quem trabalha com idosos é-lhe exigido muito mais do que actividades, pois os animadores acabam por ser “a pessoa” que está mais presente na vida do idoso.

1 comentário:

  1. Olá , eu sou aluna do curso animação sociocultural e vou estagiar com crianças e jovens e gostava de saber se me pode dar uma ajuda na pap, visto que tem o curso de animação .

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