25 de junho de 2010

Família, Institucionalização e o papel do Animador

A motivação dos idosos, por vezes não é fácil. Um profissional que trabalhe em contexto institucional não encontra trabalho simples. O envelhecimento da população leva a que muitas pessoas sejam institucionalizadas sem a devida preparação.

A ideia dos antigos “asilos” faz com que muitos idosos recusem a ida para o lar, sendo estes muitas das vezes institucionalizados sem serem consultados. É de salientar que, na maior parte dos casos, recorrem-se às instituições pois os idosos ou estão totalmente dependentes de alguém ou então devido às doenças patológicas provindas com o avançar da idade.

No entanto, hoje em dia prevalece o modelo social de família nuclear, em que convivem no mesmo lar apenas pais e filhos, encaminhando muitos idosos para estas instituições porque não têm como cuidar deles, ou seja, têm que trabalhar e cuidar dos filhos ou moram longe da área de residência dos pais. Esta separação provoca em muitos idosos um sentimento de abandono, de revolta, de agressividade, entre outros. A falta de tempo faz com que muitos familiares visitem cada vez menos o idoso, entretanto, institucionalizado, começando a existir um “fosso” entre o idoso e a família.

Devido a patologias que são características nesta etapa da vida, o idoso institucionalizado tende a isolar-se, portanto, cabe ao animador criar tempos de lazer e comunicação com os idosos para que estes se sintam úteis.

Neste contexto, o trabalho de um animador torna-se imprescindível, uma vez que tem como função fazer com que os idosos não se auto-excluam de viver, devido ao pensamento da sua inutilidade e que só a morte lhes resta e tentar modificar os sentimentos iniciais do idoso. Para inverter esta situação o animador deve elaborar programas de intervenção, de carácter social, proporcionando relações inter-pessoais e com o meio visto que a terceira idade não está à margem, de carácter cultural, potencializando e estimulando a memória dos idosos que se podem reflectir em diversas actividades.

Assim, se a animação for encarada como um instrumento essencial na vida do idoso, este poderá ter uma melhor qualidade de vida. A animação pode impedir que existam conflitos entre idosos, imobilidade e indiferença. A conflitualidade neste contexto é comum e deve-se ao facto dos dias serem todos iguais, ou seja, os horários a cumprir, o sentar-se sempre no mesmo sítio, entre outros. A animação ao alterar a rotina diária e ao promover a convivialidade contribui para a diminuição dos conflitos.

Por vezes, o trabalho exacerbado das funcionárias obrigam a que estas transportem os utentes nas cadeiras de rodas, uma vez que é mais fácil empurrar uma cadeira de rodas do que ajudar o idoso a caminhar, pesarosa e lentamente. Neste aspecto a animação aliada à motricidade e às artes contribui para que os idosos melhorem a sua autonomia e capacidade de movimento.

16 de junho de 2010

Animação de Idosos em formação no Funchal

No próximo dia 29 de Julho a  a Socialgest vai desenvolver acções de formação na Ilha da Madeira em Animação de Idosos e Cuidado aos idosos.

Animação de Idosos: Dr. Luis Jacob (autor do livro "Animação de idosos")
Introdução à animação de idosos
Praticas da animação
Tipos de animação
Exemplos práticos


Cuidados ao Idoso: Dra. Ana Pinto (Gerontóloga)
Conceito de gerontologia
Cuidados de higiene e conforto
Posicionamentos e transporte
Motricidade


Preço: 25 euros por cada inscrito

Fonte : Socialgest (http://www.socialgest.pt/)

12 de junho de 2010

Competir e prejudicar para quê?!

Infelizmente a nossa sociedade está a tornar-se, cada vez mais, num meio onde só se está bem quando se vê o vizinho numa situação menos boa.
Torna-se, a cada dia que passa, importante saber (ou será aprender?) lidar com os imprevistos que surgem quando tudo parece estar a correr às mil maravilhas, criando “caminhos adequados” para enfrentarmos o mal e atingirmos o bem. Mas, o que se tem vindo a notar é que os “seres” que dizem ser sociais vivem na alegria de “destruir” o seu vizinho, o colega, o conhecido, aquele ser que faz parte do mesmo quotidiano e que possui as mesmas características enquanto membro de determinada sociedade.
Para quê sentir-se feliz ao dar um passo em frente do outro?
Que vantagens prejudicar se indirectamente de auto-prejudica?
Porquê?
São questões que surgem e, por sua vez, fazem pensar, mas e as respostas? Será que se consegue compreender?
Possivelmente… sim, possivelmente… não.
É compreensível e admissível que cada um tenha os seus objectivos, as suas metas e ambições, mas tudo teria uma melhor compreensão se cada qual o fizesse de forma “saudável”, sem intrigas, colaborando e aceitando a colaboração dos outros, pois o produto final teria, sem dúvida, um saber bem requintado.
Infelizmente nem todos vemos as coisas da melhor forma possível, mas sim vive-se a desejar o mal alheio, ri-se do fracasso do outro e pior que tudo isto vive-se a invejar as qualidades do vizinho.
Porquê?
Porque quer-se ser igual a ele e não se consegue, então desejar o mal é o melhor?!
Porque quer-se ser mais que ele e então ri-se quando as coisas correm mal?!
Porque somos arrogantes e não se aceita a ajuda do tal colega, amigo ou seja lá o que for, só para não se sentir inferiorizado?
Nada disto faz sentido, por isso, torna-se urgente educar estas sociedades para que:
• Se preservem aqueles valores que lhes são característicos;
• Sejam valorizadas as relações interpessoais com aqueles que nos rodeiam;
• Se ponham de parte invejas, arrogâncias e competitividades sujas;
• Se saiba aceitar a opinião os outros;
• Se aprenda a respeitar as diferenças;
• Se oiça o conselho daquele que nos quer bem;
Enfim, uma serie de pontos que muitos defendem e poucos cumprem, pois o que mais se vê é a “loucura” do querer ser melhor.
E se cada um de nós se limitasse a “cumprir” cada um destes pontos... teríamos uma sociedade melhor?!
Pare e reflicta, mas não cruze os braços… ajude outro ser social a mudar esta realidade.